Pilates e as Cadeias Miofasciais
- Victor Gaudio
- 21 de jun. de 2016
- 2 min de leitura

Durante muitos anos fisiologistas e pesquisadores se dedicaram a buscar formas de exercícios que pudessem melhorar a performance de atletas, e de amadores.
Trinta anos atrás, havia pesquisas que apontavam para o exercício concêntrico e excêntrico para o ganho de força muscular além de exercícios isométricos e isotônicos com variações de repetições e intervalos. Mais tarde, biopsias musculares revelaram fibras musculares de contração lenta e fibras de contração rápida, apontando músculos propensos à estática e músculos propensos à dinâmica, sendo que quando necessário, as funções são trocadas.
Entretanto, hoje, todos esses estudos levam a conclusão: para melhorar a performance em uma atividade específica, ao contrário do que se fazia ao treinar grupos musculares isolados, entende-se que o melhor treino é aquele que envolve movimento de corpo inteiro.
Isto quer dizer que para fazermos um bom treino corporal precisamos buscar formas de exercitar nosso corpo que ative vários grupos musculares simultaneamente. Chegamos então à compreensão, depois de muitas pesquisas, que nossos movimentos são feitos por sistemas de encadeamento de tensões que envolvem as fáscias e os músculos, movimentando ossos e articulações, ativando nosso cérebro, a circulação sanguínea e linfática e “massageando” todo o nosso sistema visceral.
Hoje, já é possível dizer que nossos músculos estão conectados numa rede de fibras colagenosas que está em todo o corpo como uma rede de transmissão tensional – FÁSCIA.
Nossos movimentos podem ser entendidos como resultado de tensões organizadas encadeadamente em níveis profundos e superficiais, deslocando em ação vários músculos simultaneamente – cadeias miofasciais.
De acordo com a organização anatômica destes sistemas miofasciais podemos desenvolver exercícios focados em restituir o tônus e a despertar as fibras musculares. Ao se trabalhar a fáscia estaremos focando a boa postura, o trofismo muscular, o “core” profundo, a boa respiração, a beleza do corpo flexível e auxiliando os ossos a se manterem fortes. Tudo isso faz despertar em nossa mente um estado de consciência corporal.


























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